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sábado, 13 de dezembro de 2008

CAPÍTULO I

Nessa tal de Cuba-de-Então, nada acontece de extraordinário, a não ser em época de eleição geral...
Aí, a coisa muda de figura!
Lá nasceram muitos outros que, como eu, tiraram e usam, de quatro em quatro anos, o tal do Título de Eleitor...
Mas não foi culpa nossa, termos nascido ali não... A culpa é da sociedade, que trata as crianças como debilóides, e não as deixam escolher onde nascer. Se houvessem me deixado escolher, por exemplo, eu nasceria numa cidade da Suíça, e talvez eu não seria tão bonito e inteligente... Que bom que não me deixaram escolher!!!
Me considero um sujeito "Cubatonizado" por nascimento!
Cuba-de-Então se tornou conhecida mundialmente, porque descobriram que a Dona Poluição, sofria de Bronquite Asmática Crônica...
Nem o Dr. Clemont de Oliveira Castor (especialista neste assunto, e no de ser candidato a prefeito e não ganhar nunca, por ser honesto demais), conseguiu dar cabo da doença...
Quando o caso caiu em suas mãos, teve que internar a Dona Poluição na UTI do Hospital da Comunidade, de onde só saiu para o enterro.
O engraçado é que morreu de otite, depois que um cantor de fama, o tal do "Rei Roberto" cantou pra ela na UTI do Hospital, onde antigamente (e graças a Deus que foi antigamente) ficava localizado o "Vale da Morte"...
Nessa parte da cidade, foi que Judas se recusou a perder suas botas. Se as perdesse por ali, por certo a essa hora, elas já estariam, no Arquivo Histórico Municipal, carregada de poeira e mofo, com uma plaquinha de Patrimônio, colada nas solas...
O enterro da Dona Poluição foi uma festança daquelas, com direito a churrasco de patos roubados na hora, (presente de um político famoso da cidade), e tapinhas (quer dizer, tapões) nas costas, providenciados por outro político, não menos famoso, que usa os ramais telefônicos da Prefeitura e da Câmara, para ligar do nada prá lugar nenhum...

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