º

sábado, 13 de dezembro de 2008

CAPITULO XIX

Depois de pensar como um doido, perder noites de sono, encher a cara de café, ainda não encontrei o porquê, do verdadeiro motivo pelo qual estou escrevendo este meu relato:
Talvez eu tenha começado esse trabalho, pensando que meu povo paga caro, pelo alimento comprado no Peralta; Come pastel frio, comprado no pasteleiro ao lado do Banco do Brasil; É internado sem conforto, no Hospital da Comunidade e ainda enfrenta as incríveis liquidações das Casas Bahia, onde a "dedicação é total a você "!...
Talvez eu tenha começado este trabalho, em homenagem aos inúmeros filhos da terra, que já viraram placas... no cemitério municipal...
Ou foi fruto de saudade mesmo...
Penso que, ser Cubatense, é antes de tudo, ser um forte!
Quando quer ir ao cinema, tem que enfrentar ônibus lotado até Santos... Depois, descobre que o filme que viu está disponível em vídeo, bem em frente à sua casa, pela metade do preço do Cinema...
Quando quer roupa nova, o Cubatense vai até às boutiques do Gonzaga, e paga à vista, ficando duro o resto do mês... Depois descobre que na loja do turco, na Nove de Abril ou nas barraquinhas do Boulevar (camelódromo), a mesma roupa custava a metade do preço, e ainda podia pagar em três vezes, sem acréscimo...
O Cubatense é um forte!
Minha terra natal, como toda cidade, é dividida em bairros, cada qual com seus personagens e sua história...
O Jardim Casqueiro ficou famoso, nos anos cinqüenta, quando se descobriu que lá moravam mais mosquitos do que gente...
A Vila Esperança é um aglomerado de casas , com um bocado de gente, que sonha com a "esperança" de um dia se tornar bairro...
Vila São José é o território da Zilda, mulher de fibra, que pega até boi à unha, tem medo de baratas, mas merecidamente, também tem muito voto na urna!
Lá também já foi chamado de Vila Socó, mas mudou de nome, depois que passou o cheiro do churrasco! Lá, o vereador "almofadinha" não entra nem com escolta, mas ainda não posso dizer o porquê!
A Vila Nova é o território do Beto do Pó, o "bom menino". Lá moram o ex, que sempre volta a ser Prefeito, seu ex-Vice (que espero sinceramente, volte a sê-lo) e uma boa penca da elite Cubatense...
A Fabril é o bairro da fábrica de papel. É um bairro diferente, pois é particular...
O Pito Aceso fica na cabeceira da ponte do Rio Cubatão. Foi ali, que o pai de Afonso Schmidt teve uma Mercearia, no início do século...
O Vale Verde é um dos bairros mais novos da cidade. Foi construído para ser um bairro de elite, com casas de alto luxo, mas virou bairro comum, por força da população. Fica na divisa com o município de São Vicente...
A Vila dos Pescadores, ou Siri, (como queiram), fica sobre o mangue. É parte aterrada, mais ainda preserva palafitas. Uma parte de seu terreno, pertence à Rede Ferroviária Federal, e a outra, à Marinha do Brasil. Começou como invasão, e acabou virando uma pequena Vila.
A Vila Couto e a Vila Paulista, são dois bairros pequenos, ligados um ao outro. São os mais antigos do município...
A Vila Santa Teresa fica no centro. Começa na Nove de Abril e segue, pela Rua São Paulo... Pra quem quer saber, foi neste bairro que nasci e sobrevivi, até doze anos, quando mudei pra Santos...
A mais longa, e mais antiga das avenidas do município, é a Nove do Abril! Nela fica o coração comercial e financeiro da cidade...
Cuba-de-Então fica situado às margens da Via Anchieta, no Litoral Paulista. Também passa por lá, a Rodovia dos Imigrantes. Pela Rodovia Pedro Taques, Cuba-de-Então liga-se a Guarujá e por ele, ao Litoral Norte do Estado.
Hoje em dia, é considerada uma cidade de médio porte!

Nenhum comentário:

Postar um comentário